Beirais das Caravelas.

Caídos no instinto da primavera,

De frementes as águas salgadas,

De turva aurora se desabrocha,

Buscando nossos gemidos ocados.

O vento nos beirais das caravelas,

Afundando seus sons no silêncio,

Com nossas almas se encontrando.

Sobre o leito das areias cristalinas.

O lodo entoado pelas camélias,

Refugiando o sol nas montanhas!"

Arrancadas pelos anjos desnudos.

Assistindo o entardecer assustado,

Balançam-se de algumas vertentes.

O siso de nossos lábios pendentes.

Ednaldo F. Santos

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 22/01/2016
Código do texto: T5518979
Classificação de conteúdo: seguro