Beirais das Caravelas.
Caídos no instinto da primavera,
De frementes as águas salgadas,
De turva aurora se desabrocha,
Buscando nossos gemidos ocados.
O vento nos beirais das caravelas,
Afundando seus sons no silêncio,
Com nossas almas se encontrando.
Sobre o leito das areias cristalinas.
O lodo entoado pelas camélias,
Refugiando o sol nas montanhas!"
Arrancadas pelos anjos desnudos.
Assistindo o entardecer assustado,
Balançam-se de algumas vertentes.
O siso de nossos lábios pendentes.
Ednaldo F. Santos