Crueldade do Amor

A defloração insólita da solidão

Na delicada negociação do seres

Traz a tona o jogo da dominação

Onde paixão é arte dos poderes.

O mistério vigilante de possuir

A religião alegórica do encanto

Um dreno instalado até se ruir

Na quebra contratual do pranto.

O tesão é a percepção do finito

A nascente indelével de conflito

Um templo que só vive grandeza

Vivendo danação de sua natureza.

O temor e a culpa tomam o risco

Valorizam e tornam o amor arisco

é o terror psicológico até o limite

Onde só sobrevive quem tem apetite.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 21/01/2016
Código do texto: T5518696
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