Eu sou fruto de todas as raças (I am the result of all races)
Desce o orvalho da chuva na folha, ele é fresco, puro e cristalino.
A mesma folha dança entre a ventania, e um passarinho passa manso.
Na serra a neblina da chuva que caiu, e eu aqui a escrever com tristeza, pobre que sou...
O verde da caatinga que floresce nesse inverno, traz esperança à natureza, e os mesmos orvalhos caem no chão de terra fofa.
O sabiá canta na gaiola, a mãe costura no quintal, e o som dos trovões distante.
Periquitos alegres a voar passam com um sorriso no bico, e paz faz dormir a flor do mato.
Menina linda dança ao sabor dos sonhos noturnos, madrugadas de amor, manhãs de abastança, e o casamento do senhor gavião faz chorar a corujinha.
É tempo de frescor, de água nos rios, de sonhos de paixões juvenis.
A goiaba está suculenta, o tatu brinca na beirada da cacimba, o velho masca o fumo, e vem chuva de horas diluviana.
Pobre poeta a cigarra não cantará mais...
Pobre flor do mato o seu príncipe partiu, e não voltará mais para suas delicias do amor.
O céu tristonho olhando pela janela, o vento que leva o capim, a fuga dos prisioneiros do tempo.
Passarinhos a enamorarem as joaninhas, e nas serras cores de divino soneto, meu amor canta, minhas irmãs oram por mim, tudo um meio fim.
A lagartixa que come maçãs, a cobra que dorme no colo da virgem.
Tudo passa menos o inverno de fevereiro esse é minha sina, esse é meu destino, esse é meu esperar sozinho.
Pobre cigarra cantou nas noites de lua minguante, e levou um fora das estrelas, pobre cigarra ela um dia verá minha felicidade de romântico falecido.
O orvalho escorre pelas folhas e mata a sede das formigas, o orvalho é minha alma, o orvalho é meu corpo, o orvalho é minha angústia, o orvalho e um espectro vivo...
O sabiá vem das terras infantis.
Canta ó poetas os prazeres da lua.
Canta ó minha mãe o menosprezar da natureza.
Canta ó nordestino o prazer de ser um corajoso...
Canta ó Redenção a poesia de nossa Isabel...
Minha alma terá paz, terá paz minha alma, tu terás paz irmã, nós estamos libertos da liberdade enganadora.
Quando a chuva cair ficará os insetos a mendigar pragas.
Quando a natureza do povo se irar, será a hora de cantarmos o nosso hino de ricos brasileiros do pobre Brasil.
O amor do pobre rapazinho fez a bandeira nacional inflamar nosso ódio.
Nunca haverá esperança? Nunca existirá fé? Seremos sempre os mesmos?
Não meus irmãos!
Enquanto existir o Brasil seremos eternamente seus filhos!
Enquanto existir os brasileiros não morrerá a alegria!
Eu sou fruto de todas as raças!
Eu sou fruto de toda revolução...!
I am the result of all races
Rain drops dew on the sheet, it is fresh, pure and clear.
The same sheet dance between the wind and a bird passes tame.
In the mountains the mist of rain that fell, and here I am writing sadly, I am poor ...
The green savanna blooming this winter, brings hope to nature, and the same dew fall into the soft dirt floor.
The thrush sings in the cage, the mother sewing in the yard, and the sound of distant thunder.
Cheerful parakeets flying pass with a smile on beak, and peace is sleeping bush flower.
Beautiful dancing girl at the mercy of night dreams, dawn of love, abundance mornings, and the marriage of Lord hawk makes mourn the little owl.
It is freshness time, water in rivers, of juvenile passions dreams.
Guava is juicy, the armadillo plays on the edge of the water hole, the old man chews tobacco, and comes rain Flood hours.
Poor poet buzzer not sing more ...
Poor bush flower her prince left, and will not return to its delights of love.
The gloomy sky looking out the window, the wind that carries the grass, the flight of time prisoners.
The birds enamorarem the ladybugs, and in the mountains of divine sonnet colors, singing my love, my sisters pray for me, everything a medium finish.
The lizard eating apples, the snake sleeping on the virgin's lap.
It spends less winter February this is my fate, this is my destiny, that's my hope alone.
Poor cicada sang in the waning moon nights, and took one out of the stars, poor cicada her one day see my happiness romantic late.
The dew drips from the leaves and kills the thirst of the ants, the dew is my soul, my body is dew, dew is my distress, the dew and live spectrum ...
The thrush comes from the children's land.
O poets sings the pleasures of the moon.
Sing O my mother belittling of nature.
Sings O northeastern pleased to be a brave ...
Sings O Redemption poetry of our Isabel ...
My soul will have peace, we peace my soul, thou hast sister peace, we are freed from the deceptive freedom.
When the rain falls will be begging insects pests.
When the nature of the people be angry, it's time to sing our anthem Brazilian rich poor Brazil.
I love the poor boy made the national flag ignite our hatred.
There will never be hope? There will never be faith? We will always be the same?
No, my brothers!
As long as the Brazil we will be eternally your children!
As long as the Brazilians did not die with joy!
I am the result of all races!
I am the result of every revolution ...!