Porém...
O meu problema é que não há canetas
Nem lápis, nem cinzéis
Nem tábuas de pedra
Ou celulose
Ou memórias suficientes
De computadores
Se estivesse eu ligado
Ao maior reservatório
De soro possível de se imaginar
Ah! Seria tão diferente o meu trabalhar...
Eu, no meu observatório
Ambulante
Todos os segundos passaria
Escrevendo e panfleteando
O meu manifesto sobre a vida
Urinando
E suando
Poesia
Pena só podermos ser amantes
Pela minha pobreza
Que nos mantém
Por tantos dois segundos
Distantes...