Porém...

O meu problema é que não há canetas

Nem lápis, nem cinzéis

Nem tábuas de pedra

Ou celulose

Ou memórias suficientes

De computadores

Se estivesse eu ligado

Ao maior reservatório

De soro possível de se imaginar

Ah! Seria tão diferente o meu trabalhar...

Eu, no meu observatório

Ambulante

Todos os segundos passaria

Escrevendo e panfleteando

O meu manifesto sobre a vida

Urinando

E suando

Poesia

Pena só podermos ser amantes

Pela minha pobreza

Que nos mantém

Por tantos dois segundos

Distantes...

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 20/01/2016
Reeditado em 15/04/2016
Código do texto: T5517802
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