QUIETAÇÃO
Há tempos que a minha vontade maior e encontrar um lugar tranquilo. Não precisa necessariamente estar deserto,
só basta que eu consiga fazer silêncio, aqui para mim.
Desejo encontrar a paz na negligência da memória.
Na ignorância dos olhos de vista grossa.
Na aceitação da realidade.
Nas horas de espera.
Na ausência de coragem, em tudo hoje, quero encontrar a brandura das águas de um rio.
Se possível encontrar aconchego no pouco tempo que tenho para adormecer, quero acordar apenas com o acalanto dos passarinhos mais serenos.
Que nesse arrombamento constante de espírito que tem sido o cotidiano, ao menos aqui dentro, faça-se o silêncio de uma mente sã.