A última das moicanas
Essa sobra abundante fingindo falta,
sonho mavioso voando de asa delta;
A solidão impotente não mais avilta,
Pois o meu amor foi ali e logo volta,
A saudade acionará a sua catapulta...
Minha flor, a maravilha da botânica,
Aquela, tão cantada costela edência;
Vai pôr fim a essa, inquietude cínica,
desejo saciado será a sílaba tônica,
Pois, ser felizes a nossa meta única...
Verei o que faz o prazer como arma,
Será palmeira alta numa terra erma;
Qual um prego que à estrutura firma,
Aí, me farei teu, da mais terna forma,
após, a noite será tua, amor, durma...
Não mais selado o segredo de Fátima,
Todas as chaves na mão, até à sétima;
altar do amor imolando devida vítima,
A vida monótona tornada nova, ótima,
Das moicanas infelizes, enfim, a última...