É fácil sonhar, como agora,
          quando chega-me enflorado
          o mesmo e antigo sonho
          à ombreira da alma
          [ Até espicho os olhos à razão,
          mas dada à doidice,
          quase sempre me ignora... ]
 
É fácil sonhar... como agora,            
quando ao cais da folha,            
teu nome é luz, ardor e fome,            
que em alto púlpito me desfolha            
E traz de volta            
essa vontade 
de me esquecer            
à flor moura do peito amado            
 
          - O que é teu, está guardado...
          Assim dizia minha mãe,
          correndo os olhos à vida
          e entregando as esperas a Deus
 
E depois de me habitar,            
voltava à lida,            
d'onde nascia o silêncio            
E eu cá, com meus incêndios,            
nunca sabia            
se a palavra me subjugava            
ou se à essência me bebia            





 
Listening...




 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 19/01/2016
Código do texto: T5516618
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