A Bailarina

Não vês?

Pequena bailarina

Que estou sempre a fitá-la

Com meus olhos moribundos,

Sempre naquela cadeira ao canto.

A resplandecência de seu olhar,

Seu sorriso mimoso,

Mantém-me incólume

Por alguns instantes.

Seus passos de dança

Meigos e suaves

Lembram-me a brisa do mar.

Minha bailarina mimosa

Não percebes?

Que quando chegas perto de mim

Meu coração murmura venturoso?

O mar range,

O sol resplandece,

Os arvoredos de todo o mundo

Com seus ruídos

Transformam-se nas batidas de meu coração?

Quando nos entreolhamos

Posso ver escumas de um rio límpido

Onde posso afogar-me em um amor dócil e reluzente.

Meus olhos de uma vida insípida

Transformam-se em pétalas roxas alumiadas

Sim!Somente você

É a forma do amor

Puro, feito uma criança

Ardente, como uma manceba.

Eduardo Freire
Enviado por Eduardo Freire em 18/01/2016
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