* Minhas pétalas *

"...Se um dia, fores comigo.

Que seja por caminhos ensolarados.

Te guardarei na memória do tempo,

Feito um relógio sem ponteiros.

Uma bússola desgovernada.

Meu refúgio é a sensação do hoje.

Onde me fecho em conchas, e me abro em aspas.

Não concluo as razões,

Não faço pergunta aos céus,

Não somo...(s) a matemática.

Observo o Universo vagando no espaço.

Espaço entre lacunas,

Espaço entre "nadas".

É o vazio que se faz.

Onde nada floresce....

Onde não se há paz!

Pessoas falam sobre coisas.

Essa coisa que nada me traz....

Te calas menino, na palavra errada.

Te renúncias menino, na palavra acertada.

Hoje o prazer, se faz no isolar...

Isolada solidão...

Sozinha, me faço companheira de mim mesma.

Adormeço....( em mim )!

Amanhã,

S(ê) flores(ço), é porque primavera sou!

Tiro dos meus olhos a cortina que ofusca o dia.

Pego minhas pétalas, uma por uma, e faço delas rastros...

Que seja de (A)mor...

Porque por ser primavera...

Te floresço comigo,

Sem destino, eu sigo...

Seja lá para onde tu for...