Palavras de Esfregão

A maior ironia patética

É quando a paixão muda

Que não é aquela da flor

Qual incomodaria Pablo Neruda

Diante da transgressão

De tratar os amores em fardos

Esses brocardos incessantes

Do sadomasoquismo itinerante.

As pessoas seduzidas por pouco

Apaixonadas pelo ridículo do nada

Diante da fraqueza do um e seu cada

Tornamo-nos o desagrado de Afrodite

O aceitar da frágil pilantragem

Deve ser visto como malandragem

De quem quer ser devassado.

O cardíaco vilipêndio

É um moral estipêndio

De quem merece a estupidez

Elevada a sordidez

De querer massacrar o pericárdio

A ponto de enviuvar a paixão

Pois o amor morre mais rápido

Nessas horas de nefasto tesão.

A cautela em ignorar

O resto do mundo

Está diametralmente proporcional

Ao abraço do poço e seu fundo

Dos abismos maravilhados

Que só o ópio pode simular.

Somos emulados pela realidade

Até uma mula nos mostrar sinceridade

E dissolver a fantasia agradável

De uma mentira tão adorável

Que dura quanto uma reação

De toda essa débil ereção.

(seja sexual ou mental.)

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 18/01/2016
Código do texto: T5515251
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.