T_R_I_S_T_E_S_S_E
há momentos em
que a melancolia
se disfarça tão bem,
como a artista, que é,
que vem matreira
no rastro da alegria;
aos poucos, paciente,
vai absorvendo,
toda calmaria,
e vem em crescente,
tomando corpo
em seu sentido, e,
afinal, se desmascara,
e quando me dou conta
estou no meio dessa
guerra fria e surda
entre ânimo e entrega...
os olhos ardem, vem o choro
a que chamo de “tristesse”,
a primeira lágrima cai,
rola resoluta e desce,
ao tempo em que
a manhã nasce, o Sol cresce...
e a confiança que retorna,
baixinho me sussura:
“— Parabéns... de novo,
mais uma vez, venceste
a solidão e a tristeza!”
(Tadeu Paulo – 2007)