O Poema de Andréa (Romance)
O rapaz entra no bar.
Pede um drink ao barman.
Ao beber seu drink fica pensando.
Onde está ela hoje?
Pergunta ao barman se tem vodca.
“Estou enjoado de rum. ”
O barman diz que falta, mas tem whisky.
Ele aceita.
O rapaz pega um cigarro, acende, bebe seu whisky.
Vem uma bonita mulher e pede vodca.
O barman repete a mesma coisa que disse para o rapaz.
A moça sorrir ao olhar o homem tomando seu whisky.
E diz: então eu quero a mesma bebida dele.
O barman traz e enche o copo e deixa a garrafa.
A mulher novamente sorrir para o rapaz.
Ele ignora. Mas lhe acha simpática e atraente, somente.
A moça por um instante breve finge que não quer conversar.
Mas.
Oi? Ela sorrindo, diz isso sem jeito.
O rapaz novamente olha pra ela, e toma seu whisky lentamente.
Qual o seu nome? Pergunta ela, e nisso ela diz logo seu nome...
Meu nome é Andréa...
Ele não diz nada, um pouco grosso ele se prepara para ir embora.
A moça novamente pergunta seu nome, insistindo e sempre cordial.
Ele se rende a sua simpatia e diz: Meu nome é Joey.
Hum... Joey, ela finge esconder o risinho...
Você mora nesta cidade? Joey...!
Não! Sou de outro estado.
Qual? Eu sou daqui mesmo ela diz: De Utah.
O rapaz diz que é do Alabama.
Nossa que longe, Joey você veio fazer o quê aqui em Utah?
Procurar por um amor.... Uma garota chamada Virginia!
Não acredito que ainda tenha homens assim, diz Andréa.
Por ela eu faço qualquer coisa.... Eu não sou de esquecer um grande amor.
A mulher por um momento fica em silencio.
Ela olha para os cantos... E pergunta para o barman quando a July vem trabalhar.
O barman que se chama Ray diz que hoje é seu dia de folga....
Andréa olha para Joey e novamente sorrir...
Ele foca acabrunhado, e fala: você é sempre assim moça?
Assim como? Eu não entendo. Andréa fica vermelha de timidez.
Simpática! Diz Joey. Eu já perdi as contas de quantas vezes você sorriu.... Eu gosto disso sabe, gosto mesmo....
A moça então pergunta se Virginia era dessas de sorriso solto.
Não! Ela sorria quando era preciso, e mesmo sorrindo não demostrava honestidade as pessoas ao seu redor.
Por quê? Interroga Andréa.
Ela era séria com as pessoas desconhecidas, e silenciosa com os conhecidos.
Nossa!!! Suspira Andréa....
Mas Joey você admira pessoas simpáticas, e ela não era.... Não entendo que tipo de pessoa possa ser simpática e ao mesmo tempo tão ríspida....
Joey larga o copo de whisky na mesa.... Acende outro cigarro e dá uma longa tragada.... Sabe Andréa, eu disse que admiro pessoas simpáticas, mas zelo por pessoas que não usam o rosto como máscara de suas hipocrisias....
Desculpe se foi antipático donzela....
Ela fica vermelha de timidez.
Andréa com educação e também curiosidade pergunta se Joey é casado.
Ele diz que não!
Mas você usa uma aliança....
Não é uma aliança é um anel de eterna amizade.... Foi uma amiga que me presenteou antes de morrer.
Antes de morrer. Sua amiga.... Ela morreu de quê?
Câncer, diz o moço.
Nossa que triste....
Qual o nome dela? Pergunta a mulher bonita e simpática a Joey.
Felícia.
Minha querida Felícia.... Minha irmãzinha....
Irmãzinha? Retruca Andréa.
Sim! Era o codinome dela, e ela me chamava de seu “marinheiro. ”
É que eu servi a marinha.... Cheguei até a trocar de patente.
Ele apaga o cigarro toma outro drink e pergunta onde fica um hotel para passar a noite.
Ray diz que a três quarteirões tem um, mas, é um pouco caro a hospedagem.
Não tem problema diz Joey.... Dinheiro é o que menos importa na minha vida.
A moça sorrir meio confusa, pois ele não aparenta ser desses play boys da vida afora.
Ela pergunta se tem alguém na cidade que ele conheça, um conhecido, ou que tenha algum contato próximo, ou mesmo um parente.
Não! Não tenho parentes em Utah. Meus parentes pelo menos a maioria mora no Canadá, ou na Geórgia, e uns resquícios na Grã-Bretanha.
Ele bebe o que sobrou no copo com whisky.
Mas Virginia tem parentes aqui tios, irmãos e mãe, ela é órfã de pai ele morreu quando ela tinha apenas quatro anos num acidente de carro.
Eu poço te dar um beijo, pensa Andréa no coração.
Ela não tinha percebido, mas ele tem os olhos muito bonito.
Ele não tinha percebido, mas ela lembra um pouco uma conhecida garota de tempos de Ginásio, que ele era interessado.... Faz tempo que não tenho notícias dela pensa ele alto.
Notícias de quem Joey? Você está bem?
Há perdão! Estava pensando alto, sou cheio de lembranças de pessoas que me fazem falta, apesar delas não recordarem de mim e nem sentirem minha falta.
Sou sozinho moça.... Por escolha própria.
A mulher fica confusa e curiosa com este homem tão misterioso.
Você é diferente Joey!
Eu diferente?
Sim!
É a primeira vez que um homem bebe tanto whisky.... Mas....
Mas...? Joey se aproxima para ouvir.
Joey você é o primeiro homem que bebe e não fica olhando para os meus seios.
Ele solta uma gargalhada e com dentes tão alvos diz: que não é preciso olhar para um par de seios para ter prazer ao lado de belas mulheres, isso fica para os infelizes dos cafetões da vida, que sugam as maravilhas de um bom relacionamento mutuou entre fêmeas e machos, e que já basta da escravidão dos corpos a alma por si mesma é a fonte interminável de satisfações.
Andréa sente um conforto estranho na mente.
Andréa mirando os seus olhos de um verde claro.... Simplesmente volta a respirar um ar de paz.
E nisso ela levanta o copo vazio de whisky e diz: Brindamos meu amigo a sua beleza, pois hoje descobri uma verdade que quase nenhum homem tem a valentia para compartilhar....
Você vem aqui amanhã? Pergunta Andréa.
Sim! Vou ficar um bom tempo em Utah.
Se possível uma boa temporada....
Se possível? Andréa pergunta.
Sim se possível, talvez se eu encontrar mais moças semelhantes a você eu formo uma família....
É? Feliz fica Andréa....
Não bobinha! É só brincadeira eu amo o Alabama.... E pretendo voltar, depois de encontrar Virginia e essa paixão novamente eu conseguir levar ao meu mundo.
Ela sorrindo não acredita....
.... Homens desse jeito sofrem, diz Joey.
Mas ainda assim diz Andréa: São capazes de viver um lindo sonho!
Um sonho que começa sempre e sempre enquanto permitimos isso, diz Joey.
Você acredita em certas coisas que apenas cabe aos românticos Joey, não entendo o que faz num bar e não escrevendo um belo romance.
Não acredito em romances Andréa!
Não?
Somente acredito na ação e na escolha de viver a realidade, como ela realmente se mostra aos mortais....
Então isso já é um romance Joey. Contente fala Andréa.
Talvez, mas sem final feliz, ou ilusões que são a causa das tragédias destes ditos românticos.
Sabe Joey hoje eu conheci um homem difícil de se ver por aí....
Difícil por quê? Sou tão estranho para a senhorita?
Não!
Não? Então....
É que você ainda não disse meu nome com sotaque sulista e mesmo assim tem uma dicção perfeita para um forasteiro.
Sou do Alabama, mas a maior parte da minha infância e adolescência morei na Inglaterra.
Entendo.... Eu também já morei em outro país, diz Andréa.
Qual? Pergunta ele.
O da liberdade igualdade e fraternidade.
Há!!! A França!
Sim a bela França!
E descontraídos ficam os dois feito duas ingênuas Crianças.
E não percebem que já anoitece.
Noite essa de coloquial cumplicidade e segredos.
. . . . Continua.