Beatriz

É sempre assim

Chega sem pedir licença

Move minhas mãos sobre o papel

E deleita-se com cada palavra

E num frenesi de linhas ao vento

Rabisca tão somente sentimentos

De hoje e do ontem, entrelaçados

Quase não consigo separá-los

Não me permite parar

Nem tão pouco hesitar

Como se nada mais importasse

Ela apenas segura minhas mãos

E permite-me transcrever

Os suspiros da alma arrancados

Libertando-me sempre, outra vez.

Veridiana Mota 18/02/2015

Veridiana Mota
Enviado por Veridiana Mota em 13/01/2016
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