Beatriz
É sempre assim
Chega sem pedir licença
Move minhas mãos sobre o papel
E deleita-se com cada palavra
E num frenesi de linhas ao vento
Rabisca tão somente sentimentos
De hoje e do ontem, entrelaçados
Quase não consigo separá-los
Não me permite parar
Nem tão pouco hesitar
Como se nada mais importasse
Ela apenas segura minhas mãos
E permite-me transcrever
Os suspiros da alma arrancados
Libertando-me sempre, outra vez.
Veridiana Mota 18/02/2015