Ébrio lusitano
Quantos anos medem os tempos
Quantos beijos medem o amor
No meu lado foi um mesmo
Que bastou pra selar a dor
Meu amor se confundi com anoitecer
Teu sorriso paraíso de endoidecer
Só um beijo me valeu viver
Com teu cheiro florescer
O ar na vela, navegante a mercê
Vasco da Gama na baía de Calicute
Empoleirou-se no lugar impoluto
Tudo que eu conhecia antes
Dizia nada, que o amar constante
De sabor, desenrolar da trama
E nos teus lábios navegar
Mas um atlântico se formou
nós e as velas das caravelas
Partiram no horizonte
E os corsários aos meus olhos, arderam-me o desafio
De não pensar em você mais um instante
Se amar é pecado, eu estou condenado
A passar meus dias atrasados, a procura do teu caminho,
na Goa Dourada, o ébrio lusitano de conquistar soberano os carinhos teus