Ama-me!
Ama-me com as minhas imperfeições
como se a noite fluísse nos teus lábios, carmim.
Ama-me como um viajante em estado de graça
que retorna a casa no fim da caminhada.
Ama-me com as minhas loucuras infantis
com salpicos salgados de areia e sol
diluídos em brisa fresca.
Ama-me como fogo ardente, queimando
por fora e por dentro o meu centro.
Num livro envelhecido pelo tempo, ama-me!