Ama-me!

Ama-me com as minhas imperfeições

como se a noite fluísse nos teus lábios, carmim.

Ama-me como um viajante em estado de graça

que retorna a casa no fim da caminhada.

Ama-me com as minhas loucuras infantis

com salpicos salgados de areia e sol

diluídos em brisa fresca.

Ama-me como fogo ardente, queimando

por fora e por dentro o meu centro.

Num livro envelhecido pelo tempo, ama-me!

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 12/01/2016
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