CORAÇÃO AFLITO

Sinto-me como em uma prisão.

Não sinto mais alegria plena.

Sinto apenas aflição.

Como um pássaro nas mãos de seu algoz.

Assim sinto sufocada a minha voz.

Como que grita sem ser ouvido.

Como quem quer fazer barulho.

Mas não pode ser ouvido.

Como em uma prisão sem muros.

Muros sem paredes.

Grades imaginarias como miragem

Das águas no deserto pra quem tem sede.

Se falo não sou ouvido.

Ou quem sabe compreendido.

Assim me calo em meu silencioso gemido.

De alguém que não possui no rosto.

O brilho de um sorriso.

Mesmo sofrendo tanto.

Nunca sou percebido.

Talvez nem queira tanto.

Melhor não ser ouvido.

Para não frustrar a esperança.

De um coração perdido.

Perdido no desprezo .

De quem não mais importa o sorriso.

Onde a dor e o sofrimento.

Como gritos mudos, jamais, serão ouvidos.

Pois não chamam mais a sua atenção.

Tampouco desperta o teu interesse.

Como Amor esquecido.

Como sujeira embaixo do tapete.

Assim verte-se a esperança.

Como voz afônica e tremente.

De apesar de toda dor cortante.

Faz de tudo para ser o seu presente.

JLLIMA
Enviado por JLLIMA em 11/01/2016
Reeditado em 28/03/2016
Código do texto: T5507966
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