Outra vez você - Marilda de Almeida
Outra vez você
Marilda de Almeida
Chegou de mansinho, como quem não quer nada e foi ficando, outra vez você brincou com meus sentimentos, jogou fora o amor que lhe dei.
Saciou teus desejos, bebeu da fonte cristalina e pura, se portou como uma criança feliz que ganha um brinquedo, depois se cansa e deixa de lado.
Uma homem grande com mente de uma criança e de alma pequena e mesquinha.
Outra vez você se superou, ultrapassou definitivamente todos os limites de uma paixão, de um coração que só soube te amar.
E com suas mentiras revelou toda verdade escondida dentro de seu peito, usou os meus carinhos como arte de viver, deixando transparecer seus pontos fracos.
Suas construções e sonhos mirabolantes eram apenas uma forma de conseguir o que queria, me enganar e conseguiu.
Mas..., outra vez você caiu, pois construiu castelos sobre areias, sem amor, sem carinho; a tendência é que tudo venha abaixo.
Até seus caminhos se tornaram tortuosos e cheios de espinhos, pois um coração duro, frio sem sentimentos, não pode deixar brotar nada de bom, nada de seu.
Seu maior bem foi o mal, seu egoísmo que hoje queima em seu peito.
Marilda.
28/06/2007