Balbucios
Que pobre coração que não sabe onde está,
Pouco conhece o vinho, e o delírio o chama.
Se não amas, que consolo um dia encontrará,
Qual o sol aquecer, qual lua, e qual é a chama?
Um dia na lama e nada! Inútil aflição,
O que trará amanhã o que foi ontem dor?
Vem, minha doce amiga, sentir a canção
E esquecer a incurável ignorância e dor.
Então, essência e busca, o doce e o vinho,
Assim felicidade não foge daqui,
Ninguém desvendará o mistério sozinho,
Agora se faz rosa, e me tire daqui.