Um pé descalço

Em fim, o novo já se levanta, calçando os chinelos

A goela seca do tempo quente

a borboleta amarelada , mosquitos

mais um dia pela frente.

Uma bela caneca de café, cheia de ontem, amarga

Rústica e impiedosa, face a face nos reflexos

Nada cai nem se mexe, nem brilha, nem apaga

nas belas frestas, nos belos fechos.

Ela vem pra me apalpar

ó tempo que voa e voa sem soprar

e que cai toda hora em qualquer lugar

nem percebo e já começo a pensar

Sorria, penteie os longos de cima para baixo

cabelos cheirosos e negros

Olhos verdes com um pé descalço

ó beijos e ó abraços.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 10/01/2016
Código do texto: T5506453
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.