Mil e Uma Noites é Pouco!
Ele disse:
Ancorado em teus favores
Parado sem poder voar
Entoei a ti os meus louvores
A quem me ensinou a amar
Pétalas de rosas do Oriente
Com inebriante frescor
O deserto que virou enchente
E eu inundado de amor
Poeira cósmica de brilhantes
Atravessando os grandes mares
Espalhando o brilho dos amantes
Para todos os lugares
Devotadamente sentada aos meus pés
Enxergaste mais de mim do que antes
Fitavas o infinito além das marés
Provaste dos banquetes das mil e uma noites
Ela respondeu:
Apaixonantes estavam teus olhos
E o vento soprando uivante
Ama-me, eu te imploro,
Como a coisa mais importante
Os céus ouvem o nosso clamor
Pelo deserto ou pelo averno de Dante
O fogo da alma encantada de amor
Destilando o fel das feras do hierofante
Tão poderosa é a mão que me afaga
Do meu rei só tenho a ternura
Como um vinho que me embriaga
Mais ciência recebo com sua doçura
Não desejo estar longe destas amarras
Que me prendem ao teu encanto
Com tuas asas sempre me amparas
Contigo o meu sopro é um canto