Mil e Uma Noites é Pouco!

Ele disse:

Ancorado em teus favores

Parado sem poder voar

Entoei a ti os meus louvores

A quem me ensinou a amar

Pétalas de rosas do Oriente

Com inebriante frescor

O deserto que virou enchente

E eu inundado de amor

Poeira cósmica de brilhantes

Atravessando os grandes mares

Espalhando o brilho dos amantes

Para todos os lugares

Devotadamente sentada aos meus pés

Enxergaste mais de mim do que antes

Fitavas o infinito além das marés

Provaste dos banquetes das mil e uma noites

Ela respondeu:

Apaixonantes estavam teus olhos

E o vento soprando uivante

Ama-me, eu te imploro,

Como a coisa mais importante

Os céus ouvem o nosso clamor

Pelo deserto ou pelo averno de Dante

O fogo da alma encantada de amor

Destilando o fel das feras do hierofante

Tão poderosa é a mão que me afaga

Do meu rei só tenho a ternura

Como um vinho que me embriaga

Mais ciência recebo com sua doçura

Não desejo estar longe destas amarras

Que me prendem ao teu encanto

Com tuas asas sempre me amparas

Contigo o meu sopro é um canto

Rosilda Pessoa
Enviado por Rosilda Pessoa em 09/01/2016
Reeditado em 05/02/2016
Código do texto: T5504900
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