Eu já sabia
Meu amor antigo já não quer mais,
Não, ser antigo, quer inventar moda;
Arranjou umas modelos belas, demais,
estranho flashback, aos tempos atuais,
Como se o tempo revertesse sua roda...
Hoje ainda tenho viva a antiga mente,
Antigamente, a tive acesa, em brasas;
Estranha fusão de passado e presente,
Que passa a moldar o futuro da gente,
no jogo da vida, voltamos umas casas...
Não digo que seja o amor da minha vida,
Minha vida é pelada, se arranje como for;
A vida nem existia quando a viu perdida,
Agora ressurge, e lá vem essa enxerida
sou egoísta; não é da vida, é meu amor...
E, o meu amor, essa tamareira alvi-verde,
Carece de ser regada com muito carinho;
Com concessão a bichos, na hora da sede,
Mas, pós o porre a ternura mansa da rede,
Meu ombro, o seu acalanto, e o seu ninho...
Pelo olho mágico já vejo a ventura, enfim,
No flutuar tão majestoso de minha bela,
Que vem para, na inquietude, dar um fim,
Tardia, meu amor aprendeu sede de mim,
E eu já sabia de cor, como é ter sede dela...