Cálido Asilo
Nas longarinas da ponte velha
Ribombam ondas encrespadas
Tudo parece que se assemelha
Borrascas decerto remanejadas
Um risco no céu aponta luminoso
A queda de uma estrela cadente
Esvaindo num solo deveras rugoso
Espiada por uma lua incandescente
O ar reponta aroma de sargaços
Enquanto bichos na noite emudecem
Silenciando por todos os espaços
Todos os seres vivos então anoitecem
Eu busco asilo em teus cálidos abraços
Enquanto sol e dia não alvorecem...