Amando o Meu Sol

A minha aurora

Não tem hora

Para acontecer.

Às vezes o céu escuro desaparece,

Apenas ao meio dia;

N'outras, o sol só acontece

De aparecer

Às vinte e duas horas,

Trinta e cinco minutos,

E vinte e sete segundos.

A escuridão da noite se esvai,

E surge a claridade no horizonte;

O sol ilumina, mas não queima,

Nem ardem os meus olhos ao olhá-lo.

Meu sol está lá longe,

Nas alturas do céu,

Mas sinto-o aqui perto,

Ao meu lado,

Como uma companhia,

Na imensidão do deserto,

Ou como uma musa ao poeta,

Na sua poesia.

Um sol com a tua forma,

Com teu corpo,

- no qual viajo no contorno

dos teus seios,

e no gosto

do teu beijo -

E quando eu penetrar no teu interior

Banhar-me-ei no teu gozo

- e também no meu -

Assim, todo o meu céu,

Cobrir-se-á com um único véu:

O véu do nosso amor.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 03/07/2007
Código do texto: T550333
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