TERNURA

A cidade se encontrava ruidosa...

Fogos, vozes e ritmos confusos...

Uma luz suave acariciava o ambiente...

O seu corpo deitado na cama morno, quase desperto,

o meu olhar deitava-se na penumbra...

Tu dormias, o sono dos anjos, olhos suavemente fechados, expressão sonhadora...

Aconchegado ao travesseiro tinhas a mão esquecida sobre a minha coxa...

Respiração ritmada, uma intenção de sorriso,

O teu corpo jogado, inerte, vulnerável...

Os meus olhos cobriam-te de ternura!

Passeando pelo teu ser...

Tocando-te na imaterialidade...

Virei-me lentamente de lado e naquela inevitável adoração,

observando os teus traços num mundo tão teu...

O que sonharias nesse momento?

Quais seriam os desejos desse menino homem?

Então. .

Na vulnerabilidade tão exposta do sentimento,

fiz amor com a tua alma naquele momento...