Penetrante
Elisa Santos
Taça de vinho espumante, fui sorvida lentamente
Por sua sedenta boca, que de prazer saciou-se.
Do amor que se fez breve, minh'alma fez-se leve
Entre imensos silêncios... num rito sensual.
Nossos olhos reluzentes, magnetizantes
Falavam de paixão, e envolvente,
Seu corpo ficava no meu...
Entre minhas pernas bambas, as suas se acomodavam.
Nossos desejos loucos eram vistos rosto a rosto.
Mãos suaves adorando, parte a parte, todo o corpo.
O cheiro de amor penetrante... quem sabe?
De você ou de mim? -Questão irrelevante,
Pelo menos por instantes, ante a mais pura verdade.
É que plenitude existia; estavas todinho em mim.