PRIMEIRO AMOR

O primeiro amor nasce bem carente,

chega devagar e toma conta de tudo,

Inclusive do pobre coração da gente,

Que fica bobo, surdo , cego e mudo.

Os toques são meigos como uma flor,

Os abraços falam no silêncio profundo,

As lindas horas passam num segundo

É doce como o mel, o primeiro amor.

O primeiro amor pode ser passageiro

Como uma pequena chuva de verão,

Vem e deixa um maravilhoso cheiro,

Mas passa com o calor de outra paixão.

Ele pode nascer de um simples olhar,

Alimentar-se de um carinhoso sorriso,

Cantar em bocas que desejam beijar,

Mas pode até dizer adeus sem aviso.

Meu primeiro amor não era só meu,

Meu segundo traiu minha confiança,

Meu terceiro nem vi quando morreu,

Meu último é uma doce lembrança.

Lucineide

Lucineide
Enviado por Lucineide em 06/01/2016
Reeditado em 06/01/2016
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