Os Amores Acabados
É preciso que eu não tema
o trágico fantasma do amor acabado.
Ei-lo, célere e brandindo a ceifadeira dos desencontros.
É preciso que eu fuja da mentira das tentativas,
pois sei da inutilidade dos falsos desejos
e da vacuidade dos carinhos feitos por hábito.
É preciso rasgar o peito e deixar que me rasguem a face.
É preciso, pois, pagar o preço de se querer a solidão.
É preciso que eu não me farte dos impropérios que virão
e nem me zangue com as tormentas que desabarão.
Está findo o amor.
É preciso deixar que voe o passarinho,
que se pensou cativo por querer.
É preciso descansar a terra
antes de nova semeadura.
E, mais que tudo, é preciso
conjurar o silêncio do adeus,
que tanto se teme dizer.
o trágico fantasma do amor acabado.
Ei-lo, célere e brandindo a ceifadeira dos desencontros.
É preciso que eu fuja da mentira das tentativas,
pois sei da inutilidade dos falsos desejos
e da vacuidade dos carinhos feitos por hábito.
É preciso rasgar o peito e deixar que me rasguem a face.
É preciso, pois, pagar o preço de se querer a solidão.
É preciso que eu não me farte dos impropérios que virão
e nem me zangue com as tormentas que desabarão.
Está findo o amor.
É preciso deixar que voe o passarinho,
que se pensou cativo por querer.
É preciso descansar a terra
antes de nova semeadura.
E, mais que tudo, é preciso
conjurar o silêncio do adeus,
que tanto se teme dizer.