INEXISTÊNCIA...

Caminhei por lugares inconcebíveis fui até

o infinito depois então percorri outros mundos,

contudo nada encontrei e voltei com a sensação

de ter encontrado o absolutismo real do nada...

Vácuo sem significação de conceito talvez

até efeito de um inconcebível amor desatinado,

ou de um estado que apenas satisfaz

um velho pertinaz e torturante inimigo...

Tudo girou sem sentido, coração massacrado

sujeito ao acaso por longas e penosas

experiências, hoje transformado

simplesmente em insignificantes pedaços...

Fragmento de esperanças, nenhum horizonte

tudo desfeito e um incansável penalizar

do inexistente que ronda pincelando

os últimos resquícios de saudade que ainda

arremessam seus dardos incandescentes...

Derradeiros suspiros de um coração solitário,

tal qual o suspiro que sai de um violão

determinando lembranças nostálgicas, ou como

ondulam no ar os seus sonoros acordes.

Tudo paira em uma longínqua presença

de alguém que existiu mais que nunca foi meu,

para que entendam foi como a névoa subtil

que paira acima dos pântanos pela

manhã e depois com o tempo se desvanece...

Wil
Enviado por Wil em 05/01/2016
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