INEXISTÊNCIA...
Caminhei por lugares inconcebíveis fui até
o infinito depois então percorri outros mundos,
contudo nada encontrei e voltei com a sensação
de ter encontrado o absolutismo real do nada...
Vácuo sem significação de conceito talvez
até efeito de um inconcebível amor desatinado,
ou de um estado que apenas satisfaz
um velho pertinaz e torturante inimigo...
Tudo girou sem sentido, coração massacrado
sujeito ao acaso por longas e penosas
experiências, hoje transformado
simplesmente em insignificantes pedaços...
Fragmento de esperanças, nenhum horizonte
tudo desfeito e um incansável penalizar
do inexistente que ronda pincelando
os últimos resquícios de saudade que ainda
arremessam seus dardos incandescentes...
Derradeiros suspiros de um coração solitário,
tal qual o suspiro que sai de um violão
determinando lembranças nostálgicas, ou como
ondulam no ar os seus sonoros acordes.
Tudo paira em uma longínqua presença
de alguém que existiu mais que nunca foi meu,
para que entendam foi como a névoa subtil
que paira acima dos pântanos pela
manhã e depois com o tempo se desvanece...