Amor Clandestino
No teu olhar vejo meu destino
Mesmo pobre diante da nobreza
Como teu sorriso refez o cretino
Num cavalheiro a portar destreza?
Teu sorriso de mim não tem pena
Nunca vi nada mais precioso de perto
Entre teus labios selo a sina certa:
O coração que porto torna-se arena.
A canção da tua alma me condena
Pois tudo que aprendi agora não sei
Visto que do teu rosto vivo peregrino.
A junção da tua pele assim encena
Um sentimento quase contra a lei
Desde enta vivo amor clandestino.