Uma viagem libertadora

Tinha um imenso medo de amar

Era grande a vontade, mas não se declarava

Receando não ser correspondido

Assim foi sendo construída aquela muralha

Uma barragem que represava um imenso amor

Mantendo os seus sentimentos nos níveis do comedido

As possantes comportas da razão

Deixavam fluir apenas o suficiente para manter a vazão

Daquele amor avassalador, evitando o transbordamento

Sofria, muito!

Sem ter noção da dimensão do seu sofrimento

Enganava-se dizendo: perde-se “uma”, “outras” virão

O dia chegou e essa “uma” apareceu!

Sorriso meigo, olhar alegre e puro

O coração..., o mais aberto que se possa imaginar

Deixou-se envolver por aquela mulher

E seu coração subitamente deixou-lhe o peito

Viajando por sentimentos jamais vividos

Vivenciou a mais plena felicidade

Libertadora

Condizente com o dia a dia dos corações apaixonados

Agora, já curado do medo de se entregar

Poderá viver de verdade

As delicias do que é realmente amar

João Azeredo
Enviado por João Azeredo em 30/12/2015
Código do texto: T5495831
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