Uma viagem libertadora
Tinha um imenso medo de amar
Era grande a vontade, mas não se declarava
Receando não ser correspondido
Assim foi sendo construída aquela muralha
Uma barragem que represava um imenso amor
Mantendo os seus sentimentos nos níveis do comedido
As possantes comportas da razão
Deixavam fluir apenas o suficiente para manter a vazão
Daquele amor avassalador, evitando o transbordamento
Sofria, muito!
Sem ter noção da dimensão do seu sofrimento
Enganava-se dizendo: perde-se “uma”, “outras” virão
O dia chegou e essa “uma” apareceu!
Sorriso meigo, olhar alegre e puro
O coração..., o mais aberto que se possa imaginar
Deixou-se envolver por aquela mulher
E seu coração subitamente deixou-lhe o peito
Viajando por sentimentos jamais vividos
Vivenciou a mais plena felicidade
Libertadora
Condizente com o dia a dia dos corações apaixonados
Agora, já curado do medo de se entregar
Poderá viver de verdade
As delicias do que é realmente amar