AMEI MUITAS MULHERES

Amei pela vida muitas mulheres.

Algumas eram casadas e até desquitadas.

Amei as louras ou as morenas desiludidas.

Havia aquelas que pelos bares encontravam-se perdidas.

Amei mulheres noivas mal amadas.

Para a cama levei várias garotas de programas.

Outras eram safadas e criminosas.

Eu as amei atras das grades das cadeias.

Fiz com elas de tudo o que mais desejava.

Diversas delas eram ainda um botão adolescente.

Amei garotas que com o dinheiro comprei.

Jamais se verá uma que decepcionei.

Amei mulheres desdentadas e mau cheirosas.

Amei as brigonas sapa tonas.

Levei para a cama diversas lésbicas.

Todas gemeram quando gozei nelas.

Amei a que fingiu não ter marido.

Uma existe que amei na adolescência.

Essa quem ela é não lhes direi.

Ela eu amo e por toda vida a amarei.

Muitas que amei no chão da sala as deflorei.

Rompi com prazer o hímen as meninas virgens.

Outras fingi que me seduziam e as amei.

Até as idosas desesperadas não desprezei.

Existe uma que vou dizer eu não a amei.

Ela foi a minha mãe.

Essa de fato eu respeitei.

Até das minhas primas aproveitei.

Cada uma das mulheres que amei

Quando fica sozinha sem eira e nem beira

vem me procurar no meio da noite

e deitado ao lado delas na cama vejo-as safadas.

Amei tantas e tantas mulheres

que até Ruam de Marco teria de mim inveja.

Na verdade perdi a conta de quantas amei.

Todas elas no coração as guardarei.

Mas entre todas essas mulheres

existe duas que jamais levei para a cama.

A primeira era a minha mãe.

A segunda é minha irmã.

Delas não lhes falarei.

Existe sim uma terceira com quem me casei.

Essa não somente amarei.

Ao lado dela toda vida me deitarei.

Mas dessa jamais novamente lhes falarei.

( J C L I S ) 16:30HS E 17:HS TERMINEI O POEMA.