Pó e poesia

Tive muitos amores, com eles, desamores,

afetos fingidos, convincentes.

Amores como poesia eternizaram minh'alma

com doçura nos olhos, seduziam-me!

Em sonhos tão reais, gotas de orvalho,

orvalhando sobre o trigo, coração apaixonado.

Semente que vingou, nas tantas abastanças

desamores feito pó, o vento que levou!

Semente poética, unigênita, em meu ser,

floresceu minha seara, e o pó?

Não teve jeito ...

Leito de flores perfumando "poeta",

desamores rumo ao sol morreram, . . . . . . .

. . . . . . . . . . . . . .

sem saber!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 30/12/2015
Código do texto: T5495072
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