Pó e poesia
Tive muitos amores, com eles, desamores,
afetos fingidos, convincentes.
Amores como poesia eternizaram minh'alma
com doçura nos olhos, seduziam-me!
Em sonhos tão reais, gotas de orvalho,
orvalhando sobre o trigo, coração apaixonado.
Semente que vingou, nas tantas abastanças
desamores feito pó, o vento que levou!
Semente poética, unigênita, em meu ser,
floresceu minha seara, e o pó?
Não teve jeito ...
Leito de flores perfumando "poeta",
desamores rumo ao sol morreram, . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . .
sem saber!