Veraz devaneio sem fim

Duas crianças...

Uma só grande aliança!

Eu?!

Eu alí!!!

Se perdendo em minha imaturidade...

No injusto desapego!

Mas sem saber atrelado...

A um destino marcado!

Daí as escadas...

O asfalto...

A estrada...

Uma longa jornada!

Desvencilhava as curvas do tempo...

E o tempo dava tempo ao destino!

E o destino leváva-me de volta para ti...

Ainda nos anos de uma vida!

Nos capítulos de um filme...

Ainda em tempo!

Mas a vida surpreendentemente...

Felicitou-me você novamente!

E aquela criança...

Hoje mulher...

Já não é somente lembrança!

E o que era bom...

Agora está perfeito...

E eu fui o eleito!

Afortunado com tal apego!!!

Hoje...

Quero ser teu leito...

Refugio!

E sem restrições amar-te...

Seja na terra ou em Marte!

Com zelo e com carinho...

Quero sempre tê-la em nosso ninho!

Sem moderação quero romper o tempo...

E compensar as voltas lunares em torno da terra...

Tudo que se perdeu...

Mas que jamais se rompera!

Quero ser os olhos...

Que ansiosos se abrem pela manhã...

E a ti lhe possuem antes mesmo da aurora!

E o beijo que em seguida...

A cada manhã lhe felicita!

A mão a guiar-te na escuridão...

No corredor do nosso humilde lar...

Nosso pequeno casarão!

E quando a luz voltar...

Quero te flertar!

Quero ver no infinito dos teus olhos...

A dimensão dos nossos sonhos!

E no teu sorriso magnífico...

O resumo do nosso amor!

E no leito de nossos peitos...

Um coração desprovido de toda dor!

E no calor da tarde...

Da bandeira de tudo que é o nosso amor...

Ser teu porta estandarte!

Seu abrigo no regresso ao nosso lar...

Lhe acolher em meus abraços...

Sentir a maciez dos teus seios...

E o suave aroma de tuas madeixas!

Se preciso, serei colo paterno. ..

Teu amor eterno!

Teu ombro amigo...

Teu oceano índigo!

Assim como tu és...

A perfeição do meu mundo!

Serei ainda teu amigo ajudador...

Professor!

Aprendiz do teu universo...

O etimológo...

A estudar a origem...

Do sabor, seu universo!

E seu paciente...

Outr'hora, travesseiro bem presente!

Quero que me faças teu escravo...

Teu alabastro!

Desejo ser perpetuamente teu céu...

Teu chão sob teus pés!

Teu protetor!

Em uma só transação...

Lhe presentear meu coração!

Lhe passar os plenos e irrevogáveis direitos...

Sobre meu corpo e pensamentos!

E abdicar-me...

Dos direitos autorais...

Em cada uma das entrelinhas...

Contidas em meu coração!

Desejo ser por inteiro teu...

E somente teu!

Quero tê-la junta à mim...

Como veraz devaneio sem fim!

Regado pelo lírico infinito!

Quero ser a água que hidrata...

O pão que lhe alimenta!

Assim como tu és para mim meu mel...

O sabor do céu!

Minha fonte de energia...

A constante alegria!