Ninguém
Perguntando te dirão de mim
com palavras, dedos e silêncios.
Verás que em cada boca nasço outro
e de cada gesto me entenderás diferente.
Ninguém no fundo me sabe ou reconhece
de tanto que mudo para ser pássaro
de tanto que sangro para ser livre
de tanto que me inquieta a tua voz
de noite irreverente.
Sou todos os homens da tua fome
na pele de ninguém.