A VALSA

A valsa dançada pela vida, iniciada no nascimento,

Cujo espetáculo se inicia regada por choro,

De mãe pela felicidade, de filho pelo novo mundo.

Em muitos momentos a dança é guiada pela música das surpresas,

Quantos passos machucados pelas expectativas frustradas,

Contrastando com às vezes incontáveis que a dança demostrava sorrisos.

Cada pessoa conhecida, a valsa ganha novos passos,

Alguns que de início doeram, mas no fim somaram beleza à dança.

No começo é assim, pés calejados, vontade de parar,

Mas a perfeição exige um ensaio cansativo, e perseverar é essencial.

Seria muito mais fácil saber os resultados, talvez amenizasse a dor,

Contudo a dança vai se formando, a postura melhorando, sem conhecer o amanhã,

Os desencontros passam a ser memória, e as mãos não se separam na dança.

Cada batida nova passa a ser um novo passo e deixa de ser um grande temor,

O que parecia desastroso torna-se belo, sensual, harmonioso,

Sim, seria muito mais fácil descortinar o futuro,

E escolher o sapato e roupa mais adequada para a canção,

Mas a e emoção das batidas desabrocha em cada descoberta.

Venha dançar comigo, descobrir o que nos espera,

Não vou ficar apreensivo se você me segurar pela cintura, e essa valsa comigo dançar.

Deixarei me envolver em seus comandos, dançarei com a naturalidade de um amanhecer,

E na valsa dessa vida a felicidade nos aplaudirá!

Leonardo Guimarães Rosa
Enviado por Leonardo Guimarães Rosa em 20/12/2015
Código do texto: T5486169
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