FLOR DO ORIENTE

Flor do Oriente

Em meio às flores e plantas que afloram,

de Flores n’uma floresta delas, para amores mil ofertar,

os anjos tocam as harpas dos infiéis

e bebem da luxuriosa fonte em fartos tonéis.

Os versos, contrários aos celestes hinos,

expressam a lascívia e a desdita dos insanos,

falam de paixão, traição e de esperança,

do amor que se foi e de amargas lembranças.

Mas falam também dessa ânsia louca,

que agora vem, que encanta e supera a dor!

E milagrosamente, os males espanta.

Nos seca a boca ... e nos induz ao delírio também .

D’Oriente surge perfumada flor, como por magia,

C’os negros e sedosos pêlos a acariciar seu tronco,

os membros sedosos, qual pétalas macias.

Resplandeces em meio à orgia ... entre lautos e profanos!

Levitas pois graciosamente dentre sândalos.

E louvando tua exuberante beleza,

nesse fausto palco de líricos cânticos

...curva-se-lhe humildemente a natureza!!!

Urias Sérgio de Freitas

Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 01/07/2007
Reeditado em 21/08/2007
Código do texto: T548529