FLOR DO ORIENTE
Flor do Oriente
Em meio às flores e plantas que afloram,
de Flores n’uma floresta delas, para amores mil ofertar,
os anjos tocam as harpas dos infiéis
e bebem da luxuriosa fonte em fartos tonéis.
Os versos, contrários aos celestes hinos,
expressam a lascívia e a desdita dos insanos,
falam de paixão, traição e de esperança,
do amor que se foi e de amargas lembranças.
Mas falam também dessa ânsia louca,
que agora vem, que encanta e supera a dor!
E milagrosamente, os males espanta.
Nos seca a boca ... e nos induz ao delírio também .
D’Oriente surge perfumada flor, como por magia,
C’os negros e sedosos pêlos a acariciar seu tronco,
os membros sedosos, qual pétalas macias.
Resplandeces em meio à orgia ... entre lautos e profanos!
Levitas pois graciosamente dentre sândalos.
E louvando tua exuberante beleza,
nesse fausto palco de líricos cânticos
...curva-se-lhe humildemente a natureza!!!
Urias Sérgio de Freitas