Comoção Diária

Eu quero a voz arfando a vida

na sede que comove a heresia

No escracho da calma sofrida

um sussurro apodera a poesia.

Em cada canto do meu quarto

que cede em esperança de voz

A noite espera um amor farto

que dilua a necessidade feroz.

E todo o silêncio que anestesia

não confunde o sonho vivido

Contempla a nítida sinestesia.

É o sangue que acaba fervido

pelo sabor de grande teimosia

Uma realidade jamais indevida.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 18/12/2015
Código do texto: T5483700
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