Chama do amor

Eu fecho a porta de casa e saio por uma rua morta

Não ouço passos além dos meus...

Poderiam me chamar de louco se abrissem as janelas

Quem iria caminhar altas horas da noite?

Não importa! Eu estou sem sono e o tédio aos poucos me consome

De repente acabo me animando ao ver uma cena...

Na praça há um casal se abraçando

O banco de madeira e o verde brilhante enlaçam os amantes

A lua esbanja sua sensualidade de forma discreta

Eu fico imaginando como seria a história desse casal

Não são mais jovens, mas isso não os impede de amar

Alguém poderia dizer que essa cena é uma mera bobagem

Mas não é bobagem deixar acesa a chama do amor

Só lamento não poder ficar assim

Já amei demais, mas nunca me amaram como eu queria

Os que me amaram, não pude amá-los

Mesmo assim não acho o amor uma tolice...

Viro as costas, coloco as mãos nos bolsos e saiu em seguida

E tento concluir que...

Amar é para profissionais e não amadores como eu!

Janaina Caixeta
Enviado por Janaina Caixeta em 17/12/2015
Código do texto: T5483473
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