MEU AMADO
Meu Amado, tudo que é teu me deslumbra os sentidos numa vertigem de encantamento.
Teus cabelos são como pepitas de ouro onde o sol reflete sua coroa de cores.
Tuas mãos espalmadas sobre meu peito são como duas folhas de parreira colhidas de manhãzinha, que, encostadas à minha pele trazem o frescor das gotas de orvalho.
Teus olhos são duas janelas abertas para o céu cobrindo de azul a barra dos meus cílios, e, de onde vejo as nuvens caminhando sem destino, como um rebanho de carneiros.
Teus ombros são dois suportes viris onde recosto a cabeça na minha fraqueza de mulher.
Meu Amado, tudo que é teu me deslumbra os sentidos numa vertigem de encantamento.