* Confesso *
"...Coisas que somente aos céus, minh'alma confessa....
É o íntimo que grita silenciosamente....
Como a chuva que molha o serrado,
As lembranças molham meus olhos...
O poema deixado na gaveta,
O tempo que o amarelou...
O inesquecível que se torna cada vez mais presente,
E eu, ausente!
Entre a mente,
Entre lençóis...
Súplicas de amor sussurradas....( ao vento )
Me faço em silêncios.
No pensamento,
Duas almas que se entrelaçam e dançam em meio ao carmim de minha boca...
Boca que os dedos contornaram,
Boca minha, que é o próprio formato de coração.
De teus lábios palavras ditas....
"Tua boca é a própria perdição"...
E hoje fica em mim o segredo guardado,
De tudo sentido, a certeza de que nada foi em vão...
Não falo de ti, falo por mim...
Falo o que dita meu próprio coração...
Diante de ti, fica essa mágoa maldita,
No desprezo sentido, o poder da palavra Não!
Sigo adiante...Avante!
Na firmeza de meus passos,
A certeza plena de que....Amanhã não serei mais solidão...
E entre quatro paredes eu digo e repito...
" Coisas que somente aos céus, minh'alma confessa..."