Vermelho

Instâncias de devoção

atrás de carteiras, armários

costumo não limpar

mas até tratei os sapatos

Tinha os aparatos distantes

em meio de ócio

fumo e tato

em outro lado, eu que vim

criado de estante o cavalo

em fé no errante

Em toda semana de falas

passado o tempo parado

em dias de cinza afago

sobro ao meu leito

o amparo

Em um todo estive

presente em pretos

pratas e pretos

emaranhados e marinhos

a dor em meu peito

Telescópio deixado a calçada

o fardo ao fracasso

ao ouvir das risadas

e se um dia pensar em azulejos

um apelo o estar tarde em

vermelho

Douglas De Carvalho
Enviado por Douglas De Carvalho em 15/12/2015
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