ESTE AMOR CARNAL E INCONSEQÜENTE
           (Miguel Jacó)
 
Este amor carnal e inconsequente,
Fruto dos desejos exacerbados,
Muito mais judiam com a gente,
Do que surtem os efeitos consolados,
Cada vez que somos rejeitados,
Por aquele, a quem julgamos importante,
Nos sentimos com o coração sangrado,
Moribundo maltrapilho, um andante,
Mas se acaso formos atendidos,
Pela deusa que povoa a nossa mente,
Nos faremos um tanto revigorados,
E felizes com tal acontecimento,
Isto prova a falsidade deste amor,
Por ele ser cruel e punitivo,
De um lado amarga feito fel,
Mas do outro é doce e sugestivo,
Convenhamos não passar de um arranjo,
Estipulado pelas tais religiões.

 
ESTE AMOR CARNAL E INCONSEQUENTE
*
(Maria de Fatima Delfina de Moraes)
*
Não há quem mande num coração apaixonado
pela religião será por certo abençoado
mas o coração em paixão tão desmedida
acalenta que o amor o acompanhe por toda a vida.
*
Quem pensou fosse o amor
um bem para todo o sempre
acalentando-nos a alma e a mente
mas já não basta plantar apenas uma semente.
*
Há que regar de ternura, pouco a pouco,
embebedar-se do elixir da felicidade
enquanto o amor perdure no coração da gente
pois como a rosa rara, não viverá eternamente.
***
Interação com o querido poeta Miguel Jacó, em poema sob o mesmo título.
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http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/3428431
Miguel Jacó e Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 15/12/2015
Reeditado em 09/03/2016
Código do texto: T5480876
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