15/12/2015
Outra vez é madrugada.
Sei que daqui à poucas horas, vai amanhecer de novo.
Nunca tive medo de ficar sozinho.
Mas a solidão, pode ser uma companheira muito cruel.
Não sei bem o que eu quis dizer com isso.
Talvez alguém, você, também sinta algo parecido, uma sutileza metafísica e poética que exista nesses termos.
Nem dessas conjecturas tortuosas, nem anseios e sonhos, nem a ambição que nunca tive e nunca terei, nem toda a minha concentração ou a falta dela, me fazem esquecer o que realmente eu queria esquecer.
E é claro que estou falando de você, minha linda bailarina.
É foda e triste ao mesmo tempo.
Não nego que seja bonito e que esse sofrimento (ou tantos outros não sejam úteis pra gente).
Essas palavras não estariam sendo escritas por exemplo, sem ele.
E de útil e concreto mesmo, NADA!
Mas a vida e seus eventos, ao ponto que são fantásticos, podem ser completamente efêmeros.
Por exemplo: mais um natal se aproxima.
30 natais vividos.
10 como criança;
10 como jovem;
10 como adulto.
Nada disso fez sentido.
Nada disso faz sentido.
Só gostei da métrica certinha da contagem do tempo.
Quer uma coisa mais efêmera que o tempo?
Deixa eu falar errado...
Me conta um segredo.
Para, não negue o meu beijo,
Não abra! Tranca essa porta...
Quando você vai voltar pra matar esse desejo?