A CULPA
Meu desejo é formatar um soneto
Palavra por palavra vou juntando
Escrevo mas parece obsoleto
As rimas não obedecem ao mando
Como um jardim em que não nasceu flores
A composição nasce já sem vida
Procura as rimas e delas as cores
Que correndo, batem em despedida
Procuro explicação pra esse fato
Mas a inspiração perdeu o formato
Por culpa da saudade do teu beijo
Do cúmplice olhar e dos teus abraços
Quando a gente fingia um embaraço
Para disfarçar o nosso desejo