As Manhãs Hemorrágicas

Minha manhã sangra o passado

das noites que fui resíduo de eras

Os dias que me enamorei calado

nas sombras angustiadas da espera.

Sou feito do que feito é a esperança

da soma do que tudo em si carrega

Na calmante histeria dessa dança

que a paixão pela euforia se agrega.

Vivo a entalpia silenciosa da aorta

da expectativa em abrir uma porta

As generosidades de um sentimento.

O plenilúnio mostra que se importa

Aporta a escuridão que me suporta

Ante o óbice persistente do momento.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 13/12/2015
Código do texto: T5479258
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