Tempo Rubro.

Como as rosas abraçam o silêncio,

Tenhas piedade do meu viver,

Vida é mais vida, mas por quem?

Sirene ilusão deste meu eu patético.

Gira, gira, vento sobre a lua!

Donde vens, traga-me tua paixão;

Céus azuis, mas no seu tempo rubro,

Bem tarde e no sujeito espaço.

Grãos de pedra, foice de uma tênue,

Através deste meu pressentimento,

Tocando o piano na aurora.

Alucinado por ti perdendo-me,

Meus olhos te procuram incansavelmente.

Agarra-os e deixe, aos meus favores.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 12/12/2015
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