Prisão
De que reino tu vieste?
Qual espada tu empenhaste?
Por ou amor ou sacrilégio?
Em que campinas caminhaste?
Meu coração não tinha dona
só sabia por aí vagar
amava a tudo e a todos
mas não conseguia a si próprio amar.
Por dentre as paredes dessa prisão
Por entre os muros construídos
Por entre as folhagens espalhadas
Apenas vejo seu sorriso.
Não é assim e não é por nada
Mas que tipo é esse de feitiço?
Que fez de mim seu escravo?
De suas ordens submisso.
Que outra alternativa terei?
Se tu se tornou o ar que respiro
A não ser viver pra ti
esperando de ti um abrigo.