Eu te amo
Eu te amo
do meu jeito absoluto:
Com paixão,
ardente!
Ultrapassando os limites.
Amo?
As vezes não,
Quero me livrar,
Pouco amada,
Não desejada
E um amor degradado.
A paixão se acalma.
Não há delírio,
Sem fantasia,
Nem eroticidade,
Sem neurose.
Mas eu te amo.
Metade ou inteira.
O amor subsistiu.
Alimentou-se da sexualidade,
fisicamente apaziguado,
gratificado,
saciado.
Mas será amor?
Necessidade que consome.
Sentimento em descompasso,
Domínio,
Exclusividade.
Ainda sim,
Bandido ou não,
quero você.
Quem sabe?
Começamos nova cumplicidade,
Nova paixão,
Única ao se expressar,
Sofreguidão.
Somos assim.
Mesmo nos fazendo mal,
Sempre nos procurando,
Na violência cósmica do amor total.