NÃO FUI EU...
Não foi com o sentido de encenar quando
disse adeus, nem teve o mesmo sentido quando
o chafariz dos meus olhos passou a
brotar lágrimas com a intenção de simular dor...
De antemão eu já sabia que o conduto traria
consequências melancólicas que nem o poético
e harmonioso som do mar quebrando na
areia seria capaz de transformar-se em lenitivo.
Em meus sonhos eu também já havia provado as
consequências do intento e amargamente experimentado
o sabor da dor de uma nostalgia muito antes que a
distância efetivasse... assim como a existência do nada.
Nunca fomos iguais nossa forma de ser sempre foi
diferente afinal não fui eu que acabei humilhando o amor, não fui eu
que recebeu o sentimento e o devolveu e em mim, ainda hoje
nada mudou continuo guardando o seu olhar no meu...
Uma vez ou outra deixo envolver-me por uma ânsia
louca incontida nessa vontade de te ver, nesse desejo
desesperador de ter em minhas mãos o seu rosto, mas em
seguida peço perdão ao meu coração por instigá-lo para
coisas que não existem...