Amor sem Diagnose
Não sei se amo como momento
Talvez do todo em movimento
Amo como quem se planta algo
À espera da ternura ser feita de raiz.
Não sei se é pleno ou eterno
Mas segue antiquado e moderno
Ama-se no silêncio esperneado
Qual grito é expresso no corpo.
É uma sensação lúcida da loucura
É como amar a coisa mais obscura
Como a escuridão, a alma e a união
Na clareza das formas mais puras.
Ama-se como nunca e como sempre
Não se deve fazê-lo intermitente
Devemos viver isso em presente
Os seres amam sem diagnoses.